10.12.16

Poluição Social


É deveras curioso como vivemos numa era onde a informação voa a uma velocidade gastronómica e no entanto eu tenho sempre a a sensação que nunca sei nada.

Eu sempre fui muito precoce, desde muito novinho que já era burro, tem sido realmente um talento que me assiste.

Hoje em dia quando uma criança nasce, parece que o puto já vem com o Windows Xp instalado e acho que já nem levam vacinas, fazem Upgrades!!! eu fico absorto quando uma criança de 4 anos me ensina a mexer num tablet e percebe de redes sociais mais que eu.

Esta nova era dá-me a sensação que somos absorvidos para um novo mundo virtual social que aos poucos nos afasta daquilo que realmente importa, agora que finalmente o buraco do ozono já quase fechou totalmente, será este um novo tipo de poluição?! a intelectual?! terei de começar a seleccionar o que faço na rede e quanto tempo me dedico a ela?!?

Confesso que já dei comigo na rede a tentar construir uma opinião sobre um determinado assunto e só depois, percebo que provavelmente procuro respostas no sitio errado, que procuro respostas num sitio onde se consegue derrubar um possível presidente promissor ou elevar uma cantora sem talento algum.

Tal como fazemos com os automóveis, conseguiria-mos nós organizar um dia sem rede?! só para ver quais seriam os nossos comportamentos colaterais? eu lhe chamaria o dia sem "Maria Leal aqui para ti".




























1.12.16

O Café Curto foi ao Barbeiro

Muitas vezes ainda me lembro de me levarem com 6 anos ao verdadeiro santuário de todo o Homem: O barbeiro.

Com aquela idade eu achava que a fronteira que separava os Homens dos rapazes era ali mesmo, naquela sala.

Exaltando posters com o plantel do Glorioso, época 1984/1985 mesmo ao lado de calendários  de lindas mulheres desnudadas, eu saía dali todo orgulhoso com um cabelo cortado à chapada e ainda me passavam com after-shave na cara em jeito de brincadeira, brilhante técnica de marketing para me fazerem contar a toda a agente que ali tive!!

Estando eu já infelizmente habituado a lidar com a extinção destes saudosos e verdadeiros templos, tenho levado com a típica cabeleireira que quando me pergunta como quero cortar o cabelo, mais me apetece responder:

 - Em Silêncio.

Não desprezando a nobre paciência que estas senhoras têm comigo, encontrei finalmente forma de não ficar com o cabelo todo armado  que mais parece um capacete da Famel depois de ter levado com 7 minutos de escova e um secador bem quente na mona.

Chama-se.......... ( e agora entram os rufos)............. The Barberhouse, aqui sim, um homem não se pode sentir mais em casa, quando lá entro penso sempre: " Ok, é para isto que fui treinado!", aquela cadeira de barbeiro, exalta um poder em nós,  que mais nos faz sentir um verdadeiro Godfather Algarvio ou um Pablo Escobar do solar das palmeiras.

Não só a verdadeira barbearia andou desaparecida durante muitos anos na minha vida, como voltou ainda melhor, desta feita, não só reaparece com um visual mais arrojado e requintado, bem como  o barbeiro actual ( neste caso o  João Paulino) voltou mais inteligente, bem mais culto, com opinião própria e bem capaz de conduzir uma conversa construtiva e interessante que não inclua a vida alheia.

Estou certo que o João presta uma muito nobre e justa homenagem ao Januário, o barbeiro que me aturava aos 6 anos de idade, O Café Curto recomenda vivamente este espaço e promete lá voltar.


*Serviço não recomendado a senhoras ou a filhos do Nené!!



 

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