30.3.18

Já é Páscoa




Diz a festividade religiosa que a Páscoa representa a ressurreição de Cristo, após sua crucificação no calvário. 

Para quem não é crente, há uma historia bem mais credível que fala dos coelhos que põem ovos de chocolate pelos campos,  há ovos de chocolate preto, de leite, sem lactose, sem gluten, com brinquedos, uns pequenos e outros tão grandes que devo dizer que as orelhas não é a única coisa grande que o coelho tem.

E porque a Páscoa é quando um homem quiser, acreditem ou não, vamos deixar que ressurreição de Cristo seja também a nossa, que esta Páscoa vos faça reflectir e repensar sobre todos os vossos sonhos e objectivos que em certa altura das nossas vidas, também nós deixámos lá para trás.


Uma Pascoa Feliz para Todos




                               











28.3.18

Tavira à Francesa



O Café Curto foi ao Meringue


Acordo com uma vontade enorme de comer Polvo e como o Polvo é quem mais ordena, pego na namorada e arranco em direcção a Tavira.

Nem sei porque escolhi Tavira, mas para além de ter visto nascer Álvaro de Campos, é também um sitio genial para meter fotos no Insta.

De volta ao polvo, não havia polvo nenhum, era dia de procissão e os processadores comeram o polvo todo.

Derrotado, mudo de restaurante e deparo-me com o Café Meringue, não tinha polvo mas algo que realmente me chamou a atenção, uma decoração que mais me fazia lembrar a casa dos meus pais quando voltaram da sua emigração em França, só faltava o espaço estar ladrilhado por fora com azulejos do tipo casa de banho, como a típica casa de emigrante francês.

De repente sinto-me no meio do cenário do filme  Gaiola Dourada,  não há uma cor predominante, todas as cores contam, nos sofás, nos quadros, nas paredes, nos candeeiros e havia musica francesa que ornamentava os movimentos de alguém que vagueava pela sala a regar as imensas plantas que por lá haviam, parece que cada coisa se afirma por si só numa perfeita ode ao conceito Casa da Tia Jackeline.

Nem sei bem explicar, mas de repente senti-me de novo com 6 anos de idade, imaginava que a qualquer altura a minha mãe iria irromper pela sala de chinelo na mão, estremecendo minha alma, invocando o meu nome de forma bem alta, clara, continua e com sotaque,enfim.........como se diz?! aos berros voi lá!

 Por incrível que pareça, este saudosismo deixou-me atraído por aquele espaço.

                                         


Fomos recebidos por uma menina com um sorriso bonito ( vou lhe chamar assim ) e escolhi ficar no sofá rouge, em vez de  ficar junto à fenêtre.

Os clientes pareciam ser maioritariamente turistas estrangeiros, fascinados com o chá e os gâteaux que tinham um óptimo aspecto, a vitrine das sobremesas desafiava os mais gulosos e estava muito bem decorada.  


                                          


Depois de me sentar e esperar que a minha mademoiselle fosse à toillette, pedi mais 5 minutos para me decidir no que pedir com a minha patroa.

 A menina de sorriso bonito deu-me os 5 minutos praí umas duas vezes mas a sua simpatia reconquistou-me.

Fiel ao polvo que ainda não me saiu da cabeça, fingi não reparar nas sobremesas de óptimo aspecto e foquei-me nos salgados. Refeições leves mas interessantes, com cores muito interessantes e sabores marcantes.  

                        
                                           


 A sopa de legumes era enriquecida com batata doce, tinha muito bom aspecto e sabia ainda melhor, de textura leve e cremosa, não muito salgada, se bem que o sorriso bonito prontificou-se a trazer-nos sal e pimenta.

                                            


Continuámos pelo Humus de beterraba, tem um óptimo aspecto e é servido com pão torrado, tem um sabor muito leve, chega a ser quase refrescante, sente-se mesmo a beterraba sem muitos ingredientes adicionados.

Confesso que nunca tinha experimentado mas gostei da experiência, embora recomende apenas para quem goste mesmo de beterraba como é o meu caso, não recomendo aos assim assim, ou se gosta, ou depois não vá reclamar com o garçon!! 


                                              


Foi então que pedimos La Piece de Resistence, a tábua de Fromage e Enchidos, aqui, ao planearmos as bebidas fiquei deveras extasiado com a quantidades e qualidade de sumos frescos que havia na casa, desde os Detox que vêm tanto do pomar como da horta até aos mais simples.

Embora não nos dessem pratos, mas apenas talheres com guardanapos, a tábua estava bem decorada e com uma boa variedade de cores, embora nos queijos, tratando-se de uma casa de influencia francesa,  eu preferia ter tido menos quantidade mas mais variedade.

E foi aqui que o meu instinto lusitano veio ao de cima e decido escolher um bom vinho para acompanhar. 

Sem muita vontade para levar com o corpo do tinto, peço um rosé mas não havia, em alternativa pedi um branco mas enquanto o sorriso bonito me dizia que não sabia o nome do branco da casa, não quiz arriscar a pedir um copo de " o não sei quantos que tenho para ali! ", sempre acabo por pedir um copo de MDS tinto, que por acaso até não estava mal, até se bateu bem com os enchidos e fumados.                                                        
                                                                         

Adorei a decoração e o sr. que rega a plantas,  gostei da comida, pudemos tentar novas experiências, embora a tábua pudesse ter mais queijos, staff muito simpático embora precise se informar mais sobre vinhos

Uma óptima sugestão  a quem procura algo de diferente em Tavira ou que não consiga encontrar polvo



Fotos: O Café Curto












24.3.18

De Volta


De Volta

Após deixar passar praí uns 2 anos quase sem dizer nada, decidi voltar.

Eu sei, também tive imensas saudades vossas e agora cá estou.

Depois do Algarve ter sido fustigado estes últimos meses  com uns 3 tornados, duas tempestades, um concerto do Roberto leal, o regresso das 50 sombras de Grey e o Carnaval de Loulé, não me ocorre mais nada que me retenha em casa, senão voltar para vocês.

Este meu arrependimento faz-me trocar o vosso perdão por uma nova imagem, novos textos, novas historias e novas partilhas de experiências.

Estou certo que vai valer a pena, se a irmã do Ronaldo escreve um livro de cozinha, então eu escrevo um blog.

Vou continuar a partilhar as minhas experiências convosco e sintam-se à vontade para partilhar o que quiserem com O Café Curto.